14/01/2013

Crítica: Uma Família em Apuros (2012)


Parental Guidance, 2012 - Direção: Andy Fickman. Com Billy Crystal e Bette Midler.




Avaliação: 

Como o próprio título no Brasil sugere, "Uma Família em Apuros" é apenas mais uma comédia clichê hollywoodiana (isso já virou até pleonasmo). Lançado nas férias com a intenção de atrair famílias às salas, o filme é recheado de piadas velhas e sem graças e a história é totalmente previsível. Talvez funcione só com as crianças, e olhe lá. São 104 minutos de agonia (várias pessoas não aguentaram e deixaram a sessão antes do fim) e irritação, pois não dá para acreditar que ainda existam cineastas que continuam apelando sempre à mesma fórmula. O mais triste é que Hollywood deixa transparecer que é essa mesma a sua intenção, principalmente por escalar o novato diretor Andy Fickman, envolvido anteriormente em quatro fracas produções, sendo "Ela é o Cara" a mais "famosa" delas.

O único ponto interessante no longa é a volta de atores que foram consagrados no fim da década de 1980 e início da de 1990, Billy Crystal e Bette Midler, ambos deixados na geladeira desde então. Porém, seus personagens foram escritos de maneira muito superficial, o que acabou não aproveitando todo o talento dos atores. Crystal e Midler interpretam os avós de três netos mimados, que quando os seus pais viajam, os dois são chamados para cuidar dos pestinhas causando o batido choque entre o estilo clássico e moderno de educação. Infelizmente, até o elenco mirim decepciona em suas atuações, sendo irritantes (no mau sentido) a maioria do tempo.

Ao fim de sessão, me bateu uma saudade de comédias infantis do porte dos dois primeiros "Esqueceram de Mim", onde os risos eram bem mais intensos, as situações mais criativas e roteiro mais despretensioso.


Em síntese, o filme foi feito para ser "apreciado" em família e pode até agradar aos menos exigentes, mas como cinema, deixa muito a desejar. Ah... Hollywood e seus cacoetes...

03/01/2013

[CINEMA] Crítica: Possessão (2012)

Avaliação: 
The Possession (2012) de Ole Bornedal.


O amadorismo do inexpressivo diretor dinamarquês Ole Bornedal chega a ser risível. Uma grande aula de como não se fazer um filme de suspense e terror.


Desde o grandioso sucesso de "O Exorcismo", de 1973, muitos cineastas vêm bebendo na fonte das possessões demoníacas para conquistar, ou pelo menos tentar, o sucesso nas telonas, não obtendo êxito na maioria das vezes. E o que temos aqui em "Possessão" é apenas mais uma fracassada obra do gênero.


O filme não assusta e nem, ao menos, causa suspense na platéia. Algumas cenas são tão enfadonhas que despertaram até gargalhadas na sala. Além de contar com um roteiro recheado de clichês baratos, tecnicamente o longa também contém diversas falhas. As tomadas de câmera aéreas são desnecessárias e inexplicáveis, a maquiagem é demasiadamente péssima e as atuações beiram a canastrisse de filme B. Por falar em atuações, a única que se salva é a de Jeffrey Dean Morgan (de 'Watchmen - O Filme').

O primeiro ato chega a ter uma narrativa bem interessante, ainda que contenha diversos detalhes bobos. Por mais que na abertura diga que a história é baseada em fatos reais, o decorrer da fita demonstra que essa hipótese é pouco provável. O pai passa de carro com suas duas filhas em frente a uma casa que está vendendo utensílios caseiros, devido a um "incidente" por qual a proprietária passou. A pedido de uma das filhas, o pai estaciona e vai observar os utensílios a venda. A filha mais nova se interessa justamente por uma caixinha de madeira feia, mal sabendo que tal objeto carrega um demônio. E a partir daí, qualquer leigo sabe o que vai acontecer. Até o drama familiar abordado soa como repetitivo, sem profundidade e pouco acrescenta na trama.


O que mais irrita não é nem o fato da história ser batida e previsível, mas sim por conter momentos ingênuos e patéticos. Só para citar um exemplo, quando percebem que existe algo muito estranho com a menina, a mãe a leva para um hospital, onde a mesma passa por uma ressonância magnética. E através deste procedimento é "possível" visualizar o demônio no estômago da menina... E ele ainda faz um charme, abrindo a boca nas imagens de Raio-X fazendo alusão a um grito. A pergunta fica: como um diretor acha que uma patacoada dessa irá causar espanto em quem está assistindo?

Para quem acha que nada pode piorar, é só esperar o último ato. Além de deixar inúmeras interrogações, não oferece sequer um pinguinho de originalidade.

Resumindo, "Possessão" causa mais risos do que medo e serve como mais uma prova que esse gênero do cinema está totalmente saturado, sofrendo pela falta de criatividade ou acomodação dos produtores. Descartável em todos os sentidos.

02/01/2013

Motivos pelos quais deixei de ir em BALADAS GLS

Antes de mais nada, estarei falando sobre boates GLS. Nunca fui em uma hétero.



Vejo que muitos gays batem cartão em boates. E são muitos mesmo. E existem os graus:

- Mensaleira: a gay que ganha pouco e vai à balada uma vez por mês;
- Fervida: economiza horrores, dá até o edy para conseguir um VIP ou vive sugando o sangue dazamigas. Assim, está na boatchy todo sábado;
- Maníaca: Vai quinta, sexta, sábado e domingo ferver, cada dia com um grupinho diferente. Essa gay trabalha para sustentar seu vício. Janta bolacha maizena com margarina e pede cartão de crédito do papi para comprar roupas em lojas despojadas, mas não antes de caçar algo interessante numa C&A ou Renner.

De onde vem essa necessidade de viver mais em boate do que na própria casa, eu não sei. Pode ser por status ou apenas para suprir algum tipo de carência. Sei lá.

Teve a época que estava no grau fervida, porém era por questões depressivas. Me sentia isolado, sozinho e angustiado em casa. Ainda mais quando estava solteiro. E aí, qual era a opção? Bater ponto todo sábado.

Porém meu jeito sempre foi observador. Ao invés de ferver, sempre fiquei reparando nas pessoas ao redor e seus comportamentos. Fui processando as ideias e decidi que balada eu só voltarei a ir em caso de extrema necessidade e, de preferência, com o namorado do lado. Há um ano atrás eu definiria balada como algo extrovertido e de curtição, mas hoje defino como um lugar nojento. Segue a enumeração dos motivos abaixo:

1. Na fila de entrada, podemos observar o perfil da maioria: sem personalidade alguma, muitas bixas se parecem muito umas com as outras. Fazem questão de exibir suas roupas "babado" compradas nessas lojas "top gls" (só não exibem o parcelamento em 12x sem juros). De narizes empinados, dá para perceber que estão só reparando e julgando quem é passiva, quem quer "atender" naquela noite ou diluindo amores por suas divas pop;

2. Os seguranças são grotescos e te olham com ódio. Está certo que esses profissionais precisam mostrar postura mais firme, mas esses exageram. Muitas vezes te dirigem a palavra como se você fosse um lixo;

3. Seja controlado. 5 drink's podem fazer sua comanda ultrapassar R$100,00 devido os preços abusivos destes locais. Se uma bosta de uma água chega a custar R$5,00 imagine o resto das bebidas;

4. Na pista de dança, você se sente num açougue. Ao invés de dançarem, muitas ficam de butuca para ver qual será a próxima vítima. A intenção de putaria fica evidente. Umas viadas vêm e passam a mão no seu passarinho ou no seu edy. Tem biscates que atacam, inclusive, quem está acompanhado. Além de serem impertinentes, demonstram total falta de respeito aos demais, evidenciando o egocentrismo de cada uma. Sem falar naquelas retardadas que ficam disputando cazamigas quem vai "catar" mais. Argh!;

5. Diversas boates ainda possuem o famoso "Dark Room". Ficando perto desses locais, dá para perceber o grande fluxo de gays que entram para fazer sexo com qualquer um. Mais do que banalização, demonstra a auto-desvalorização que a maioria dos gays cultuam. Aqui em Campinas, eu estava sentado numa mureta da área de fumantes e presenciei a cena de uma gay fazendo sexo oral na outra em pleno jardinzinho que tem no local;

6. Você não se sente seguro em beijar ninguém. Afinal, aonde será que aquela boca sedutora estava antes de querer beijar a sua?

7. Se você deseja encontrar o amor da sua vida nesses locais, tenho uma péssima notícia: 95% dos frequentadores não estão nem aí para relacionamento, mas sim, só querem saber de putaria;

8. Algumas gays passam da conta na bebida e ficam querendo gongar outras, o que geralmente ocasiona confusão das bravas.

Resumindo: Ir para baladas faz a gente enxergar o mundo podre GLS em mais evidência. Por isso, ando evitando-as ao extremo.