26/10/2013

Crítica: Os Suspeitos (2013)


Avaliação: ✪✪✪✪

(Prisoners, 2013, EUA. Direção: Denis Villeneuve. Com Hugh Jackman, Jake Gyllenhaal)

Quando li a sinopse de "Os Suspeitos" confesso que torci o nariz. Motivos não me faltavam: quantos filmes sobre sequestros de filhos já foram feitos? E o quanto tal gênero anda saturado, carente de trabalhos mais profundos?

Mesmo assim, pela falta de opções atrativas em cartaz, resolvi comprar o ingresso. E acabou sendo o melhor investimento "cinematográfico" que fiz em 2013. Me surpreendi positivamente durante os 153 minutos da trama.


Grande parte da força do longa fica para a construção dos detalhes técnicos onde o diretor canadense Denis Villeneuve e toda a sua equipe trabalharam com um primor digno dos suspenses policiais de David Fincher (não é atoa que os críticos americanos encontraram semelhanças com "Seven"). Momentos antes de sabermos que as filhas das famílias Dover e Birch desapareceram, a câmera se aproxima lentamente do tronco de uma árvore em frente a casa onde estavam todos comemorando o dia de Ação de Graças. Tal enquadramento já indica que o clima de suspense irá arrematar todos os espectadores. A fotografia fria e o tempo chuvoso e nevoo contribuem ainda mais com o clima de apreensão.

Só esse fato de conseguir envolver o público com a investigação do desaparecimento das crianças já determinam a competência da produção. O foco na parte psicológica dos personagens, conduzida de maneira tangível pelas ótimas interpretações dos atores envolvidos determinam que "Os Suspeitos" seja mais do que competente, mas sim essencial para os apreciadores do gênero.

Hugh Jackman está incrível na pele do protagonista Keller Dover. Seu personagem não é fácil, uma vez que foge do padrão comum: Dover se desespera com toda a situação, mas sua conduta é tão humana e real que o faz passar muito longe de ser o habitual bom moço. Dover busca justiça com suas próprias mãos quando acha que a polícia não será capaz de resolver o caso. Age por instinto, cai na bebida, tem condutas falhas. Apesar de toda a complexidade exigida, Jackman demonstra uma habilidade ótima e em nenhum momento faz seu personagem cair em qualquer esteriótipo. Jake Gyllenhaal tem aqui a sua melhor atuação na pele do Detetive Loki. Assim como o personagem de Dover, seu papel é aprofundado. Loki não é apenas um detetive, ele é humano, tem seus anseios e instintos. Esse aprofundamento em sua parte psicológica também contribui e muito com a qualidade do filme. As atuações coadjuvantes também são fundamentais. Paul Dano na pele de Alex Jones é perturbador, desde a sua primeira aparição. Principal suspeito na concepção de Dover, Jones é um jovem conturbado, calado e misterioso, fatores que jogam todos contra ele.

Outro fator a se destacar é o desenvolvimento da trama. Quando Loki passa a investigar cada suspeito, cada casa, observamos a riqueza de detalhes nos ambientes e em cada pessoa, o que deixa o público ainda mais nervoso e confuso para a resolução do crime.

<b> A partir do parágrafo abaixo, recomendo que leiam apenas os que já assistiram o filme. </b>


Uma das partes mais perturbadoras do filme é quando Loki entra na casa de um dos suspeitos e encontra, em um dos cômodos, várias malas grandes jogadas ao chão. Impossível não ter um ataque de nervos e se colocar na pele do detetive. A cada mala aberta o coração começa a palpitar mais forte. As cobras dentro delas revelam o quão psicótico é o suspeito e junto com toda a ambientação da casa, como os labirintos desenhados por todas as paredes criam um cenário apavorante. Essa parte, pelo menos em minha concepção, é o melhor momento da fita.

Quando Dover captura Jones, quem ele julgou como suspeito, e o passa a torturar, temos uma noção do quanto o diretor foi feliz na realização deste longa. Uma simples atitude foi o suficiente para abrir uma interessante discussão sobre a psicologia e valores do ser humano. Há quem julgou Dover como tão cruel quanto o sequestrador de sua filha e há quem se colocou no lugar do personagem e se viu tendo a mesma atitude e, consequentemente, fazendo uma autoanálise.

A única ressalva fica para uma das cenas do ato final. Quando a filha da família Birch reaparece e é internada no hospital, ao ver Dover na sala, ela o olha desesperada e indaga: "- Foi você que colocou aquelas mordaças na gente!". Ao observar a conclusão da história, essa passagem se torna sem confusa, uma vez que não foi Dover o autor do rapto das meninas. Seria um delírio da menina por estar sedada ou foi apenas uma tentativa de criar mais um nó na cabeça do público? Se a resposta foi a segunda opção, então a intenção do diretor se saiu gratuita e desnecessária.

Mesmo assim, "Os Suspeitos" pode ser considerado uma ótima surpresa em vários aspectos: para quem não esperava mais um grande filme estrear no circuito em 2013, para quem leu a sinopse e não esperava coisa boa (assim como eu) e para quem estava à espera de um suspense policial digno, o que não acontecia há um bom tempo. Mais do que um filme, é uma prova que o cinema pode ser bem melhor quando é rico em detalhes.
Quanto ao diretor Villeneuve, este pode ter um grande futuro. Basta apenas ter boa vontade e não deixar se influenciar pelos cacoetes de Hollywood.

Avaliação: 8.5/10.0


25/08/2013

A liberdade de expressão unilateral cultuada na escória de uma sociedade doente

Nada me dá mais nojo do que palavras lançadas ao vento, com raciocínio vago ou inexistente.

No post anterior, mencionei que já tinha me desgastado bastante tentando debater de forma inteligente com preconceituosos, machistas e homofóbicos. Cheguei a conclusão que pedir inteligência desse tipo de pessoa é querer demais.

De fato, ando apenas observando as pessoas se passarem por ridículas e ainda ganharem aplausos.

Frases que se contradizem mencionadas de maneira tão natural e pretensiosa que convencem muita gente.

"Não posso nem dar minha opinião contra gays. Isso é ditadura gay!"

Nada mais ignorante que tal indagação. Essas pessoas defendem a liberdade de expressão para manifestarem contra algo que não conhecem, mas essa mesma liberdade não é válida para os gays tentarem se defender! Se alguém defende com argumentos a causa gay, é tido como gayzista, ditador, etc. Ué, mas que direito de opinião unilateral é esse? Quem, na verdade, é o opressor nessa história?

Resumindo: boa parte das pessoas que defendem essa história de opinião, só gostam de utilizar tal argumento por conveniência. Elas podem usá-la para atacar ao próximo, mas não aceitam que o próximo a utilize como defesa.

Será que a inteligência anda tão ausente assim em nosso mundo?

08/07/2013

Cansei de debater sobre homossexualidade/homofobia pela Internet!

Sim, cansei mesmo!

Motivo? Simplesmente porque é perda de tempo tentar discutir com pessoas ignorantes (BURRAS mesmo!).

Se a pessoa é deficiente intelectual e foi educada para ser uma anta em todos os aspectos, não existe debate que a torne melhor. Pelo contrário! Ela é convencida pela sua própria falta de QI e repete suas burrices se sentindo a pessoa mais intelectual do mundo... Ela vê na internet, uma chance de divulgar suas babaquices.

Se tratando de homofobia, existem modelos prontos de homofóbicos:

- O encubado disfarçado de Nazista: Cria uma conta falsa (isso mesmo, não divulga sua verdadeira identidade) e fica comentando nas redes sociais que "gay tem que apanhar", "gay tem que morrer", "aquele viadinho tinha que apanhar mais", etc. O cara é tão macho, que nem coragem de mostrar o rostinho, tem. Essa raiva, inexplicável, não pode ser outra coisa do que uma forte repressão sexual. E isso serve, também, para quem agride e mata gays na "vida real";

- O encubado obsessivo: Esse pode até mostrar a sua verdadeira identidade, mas não é tão agressivo quanto o Nazista. Passa o dia inteiro em matérias, páginas ou comunidades GLS falando que "Gay é aberração", "não suporta dois viados se beijando", etc... Bom, a sexualidade desses indivíduo é bem mais evidente! Se passa grande parte da vida se preocupando com a homossexualidade alheia, sinal que a vontade de sair do armário é grande. Só falta a coragem;

- O religioso convicto: Busca na religião, uma maneira de justificar seus preconceitos. "Não sou eu, é a Bíblia que diz!". Ele pega passagens isoladas na "escritura sagrada" para atacar e julgar os homossexuais, ignorando que diversas outras passagens dessas escrituras são controversas e abrem margem para "n" interpretações. E quando você tenta debater sobre isso, lá vem o exemplo de tolerância: "Quem é você para falar da bíblia?". Outros blá blá blás como "Amo o homossexual, mas abomino a prática do homossexualismo", "Deus fez Adão e Eva e não Adão e Ivo", "vocês são uma aberração", podem aparecer nessas mentes brilhantes.

- O retardado assumido: Assume que adora ver duas mulheres se pegando, mas tem nojo ao ver dois homens de mãos dadas. Não há muito a se falar sobre esse tipo, por razões óbvias;

- Defensor da Moral e dos Bons Costumes: me dá até azia quando ouço "moral e bons costumes". Afinal, o que é exemplo de moral e o que são bons costumes? Geralmente, a pessoa não é exemplo nenhum de moralidade e gosta de pregar o contrário. Trai a esposa, rouba a empresa que trabalha, enganha parentes e amigos... "Quem muito prega moralidade, tem teto de vidro";

Eles não querem saber que homossexualidade não é nem comportamento, nem vício, nem escolha.. Mas sim, uma condição... São cegados pela própria ignorância, que os impedem de ver o mundo de uma outra maneira. Debater com essas pessoas não adianta. O que resta é torcer para que a vida os façam evoluir. E somente a vida tem esse poder.

06/07/2013

SOU ANTI SOCIAL, E DAÍ?

Sou anti social mesmo. Sou fechado e não saio me abrindo para todo mundo. Contruí um universo pequeno, mas o que importa é que é O MEU UNIVERSO.

Amigos na alegria existem aos montes. Mas e nos momentos de tristeza e difíceis? Quantas pessoas estarão ao seu lado?

Quanto menos pessoas você deixar existir em seu universo, menos decepções correrá o risco de ter.


30/06/2013

O que há por trás da Cura Gay e outras aberrações da Bancada Fundamentalista

Existem mais coisas por trás da "Cura Gay" do que imaginamos.

Primeiramente, temos que levar em conta que foi construída por fundamentalistas da bancada evangélica (criada pelo Dep. Federal João Campos - PSDB/GO, e assinada pelo Dep. Federal e presidente da CDHM, Marco Feliciano - PSC/SP).

Se paramos para pensar, tal projeto, que anula a resolução que impede psicólogos de tratar a homossexualidade como doença mental, é totalmente irrelevante e redundante. Ora que nunca um psicólogo foi impedido de receber e orientar pacientes com problemas em relação a sexualidade. E duvido muito que algum profissional bem formado na área irá tentar fazer alguma coisa para "curar" a homossexualidade de alguém. A orientação, essa sim, sempre ocorreu e sempre ocorrerá.

Visto que a eficiência de tal projeto já nasça visivelmente morta, então o que estaria por trás do mesmo? Uma provocação desses fundamentalistas à comunidade GLBT ou o primeiro passo para seus planos de domínio da Constituição Brasileira? E quem duvida disso, basta ler a PEC 99, criada por essa mesma bancada, que dá poder da Igreja interferir em nossas leis.

O engraçado é que, conforme já escrito anteriormente, muitos idiotas da grande rede citam uma Ditadura Gay, onde que, futuramente, alegam que será crime não ser gay. Mas qualquer um que tenha bom senso percebe que uma Ditadura Religiosa está bem mais fácil de acontecer, com pastores e líderes cada vez mais lutando em colocar leis de sua religião em nossa Constituição.

Falando em Ditadura Gay, ainda não vi Jean Willys querendo propor uma Cura Cristã ou até mesmo interferência da cultura GLS em toda a nossa Constituição.

E quem está querendo impor o quê mesmo?


10/06/2013

Isso é liberdade de expressão ou obsessão?

Todo mundo tem direito a ter sua opinião, certo? Obviamente, são pouquíssimos aqueles que conseguem defender essas opiniões com discursos coerentes. E olha que tem gente que nem é capaz de fazer um discurso, por mais idiota que seja.

"Novela é tudo lixo. Emburrece o povo."

Na frase acima, a pessoa, obviamente, expressa sua opinião. Mas não há dissertação, explicação ou apontamento de como ela chegou a tal conclusão. Uma mera opinião conclusiva e vazia, sem peso algum.

"Novela é tudo lixo. Emburrece o povo. Só ensina o que não presta, afronta a inteligência do público e tem poder de manipulação da massa."

Neste caso, a opinião está bem mais "aceitável", pois demonstra, ao menos, a tentativa da pessoa explicar o motivo pelo qual todas as novelas são lixos. Mesmo assim, só convence os que tem a mesma preguiça intelectual.

"Novela é algo que está cravado em nossa cultura. Mas devemos ter cuidado e sermos críticos para absolvermos os bons exemplos e desviar daquilo que pode ser manipulação".

Agora sim a opinião está muito bem fundamentada. Note a diferença entre a inicialização das frases. A maneira agressiva de opinar só demonstra a obsessão clara de querer discordar de algo que não gosta sem buscar argumentações coesas para expor aquilo que sente. O extremismo é uma prova da falta de criatividade ou preguiça de procurar na intelectualidade uma boa saída para a discussão.

Esse extremismo nunca acrescenta nada em um debate. Pelo contrário, pode causar muitas perdas. E a principal perda é o do bom nível, partindo para brigas desnecessárias.


E são essas opiniões vazias, agressivas e repetitivas que nos levam a afirmar que por trás de toda a defesa da LIBERDADE DE EXPRESSÃO, existe apenas a obsessão, muitas vezes inexplicada, provocada pela falta do bom senso e de conhecimento sobre a vida, de lutar contra o vento, contra problemas inexistentes, inimigos invisíveis...

04/06/2013

Os vermes visitantes do Portal Terra

Basta um artigo sobre a homossexualidade para que o Portal Terra vire um mural de ignorância e de gente da pior qualidade, que não possui sequer coragem de mostrar o nome verdadeiro e, muitos menos, sua verdadeira foto.

Muitos desses covardes (se possuem medo de colocar a carinha à tapa, são covardes sim!) defendem o direito de opinião. Mas qual direito? Opiniões construídas por preconceito e ignorância, pelo menos para mim, não podem ser respeitadas.

A argumentação lúcida, a real leitura dos fatos e a boa escrita merecem sim o devido respeito. Merda em forma de palavras, não!

Abaixo, segue print sobre a Parada Gay de SP 2013, mostrando comentários que se encaixam no perfil que mencionei e a grande quantidade de "positivação" dos mesmos:


Eu mesmo já escrevi minha crítica à Parada Gay. Sim, contra a PARADA GAY. 

Lendo esses comentários, percebemos que as pessoas não possuem a capacidade mental de diferenciar as coisas. O ataque acaba sendo levado à comunidade GLBT no geral! Logo já saem falando que gays precisam se "curar". Outros dizem que gays estão afrontando a família brasileira (e que porra seria "família brasileira?). Os mais exaltados desejam até que "chova fogo na cabeça dessas aberrações". Como eu posso respeitar uma pessoa capaz de defecar ignorância, indo totalmente contra os princípios da convivência social e ainda que não tem coragem de mostrar sua carinha de bosta?

Agora eu peço uma atenção maior ao comentário do JJ Neves: ele compara a HOMOSSEXUALIDADE com prostituição infantil e turismo sexual.

Essas idéias só podem ser concebidas na mente de idiotas. Quero que um desses merdas venha aqui e monte uma argumentação coesa e clara sobre tal comparação.

A intelectualidade chora. O anonimato refugia doentes mentais.

31/05/2013

Ateísmo: Intolerância gerada por intolerância

O ser humano é incapaz de viver em paz.
Sempre foi e sempre será.

Existem centenas de deuses e religiões. Querer impor a qual você  "tem certeza" que é correta só demonstra sua falta de respeito para com as liberdades individuais.


A religião (mais uma vez vou utilizar a palavra...) sempre foi o símbolo da intolerância (sim, desde seu surgimento!). Isso acontece pois as pessoas nunca aprenderam a respeitar individualidades alheias. "Eu tenho direito em crer em X e você tem direito de crer em Y". E por causa deste desrespeito, milhões e milhões de pessoas foram mortas, castigadas, torturadas ou isoladas pelo simples fato de não seguirem a mesma ideologia religiosa da maioria.

Ao longo da evolução, as nações ganharam traços culturais importantes no quesito da religiosidade. Não é a toa que temos centenas (ou milhares, sei lá) de diferentes religiões e deuses. Se nascemos livres para construirmos nossa identidade, nada mais que justa essa diversidade de crença, ou descrença.

Se soubéssemos respeitar a liberdade do próximo, o que não é difícil, mas ao mesmo impossível para a limitação intelectual humana, viveríamos cercados da almejada paz.

A guerra pelo poder, seja material ou intelectual, o ego inflado e a estagnação cerebral dão origem a todo esse desrespeito à liberdade de vida.

Tal desrespeito começa dentro da própria família. Os pais, em sua maioria, obrigam seus filhos a seguir a mesma religião. Se o filho de evangélicos, por exemplo, decide ser espírita, a confusão está armada. E se decidir seguir o ateísmo, a merda está feita (me desculpem por avacalhar a culta filosofia).

Esses filhos são ameaçados desde o famoso "você vai para o inferno" até a expulsão de casa, castigos e restrições da liberdade.

E, se esse mesmo ateu, expor sua ideologia (não sei se é o termo correto) na escola, faculdade ou trabalho, vai pedir para ver caras distorcidas e comentários desrespeitosos. Em casos extremos, será isolado e/ou sofrerá perseguição (pelo menos em nossa cultura, pois em outros países, mesmo atualmente, isso pode significar a morte dessas pessoas).

Oras, se eu acredito em Deus, por qual motivo vou me importar se outra pessoa não acredita? Ou se ela possui uma religião ou segue uma ideologia diferente da minha? Afinal, o que importa é o caráter de cada um. Religião e caráter não andam juntos.

Por incrível que pareça, essa simples reflexão é IMPOSSÍVEL, praticamente, à grande maioria das pessoas.

Eu tenho direito de acreditar e seguir o que eu quiser. O outro, o mesmo direito. Respeitar é fundamental, oras.

Talvez toda essa intolerância sofrida por ateus, ou mesmo umbandistas, espíritas, ou qualquer religião diferente da maioria, embasando onde o cristianismo é a ideologia centrista, fez emergir os apelidados "NEO-ATEUS". Isso mesmo, ateus revoltados e atirando por todos os lados, fazendo chacotas e mais chacotas com religiosos, como já sabemos, estão ao monte, mais especificamente na Web.

A provocação vem dos dois lados e nem sempre é muito criativa.


Existem os protestos básicos contra a intolerância religiosa, mas estão lá exemplos de intolerância ateísta para com os religiosos, que, no primeiro momento pode parecer desnecessária.

Como sou uma pessoa franca, digo que essa revolta dos ateus, o desrespeito aos cristãos, ou o que quiserem chamar, tem como motivação a própria intolerância cristã.

Intolerância gera intolerância. Uma vive da outra. Se uma não existisse, outra também não existiria. Se isso está certo ou errado, não sei dizer. Volto ao começo do texto e reafirmo: Se as liberdades individuais fossem respeitadas, toda essa lenga-lenga não existiria. E temos que agradecer que, pelo menos em nossa nação, a intolerância é marcada por chacotas e provocações e não por guerras (pelo menos, por enquanto).

Por trás da homofobia de famosos pastores impera O SENSACIONALISMO.

Nem vou citar nomes.

E nem é necessário. Quando falamos em pastores homofóbicos, já sabemos das figuras em questão.

O problema é: o que tem por trás de todas essas polêmicas e protestos contra essas tais pessoas?

Gente que pensa igual a tais pastores existem em milhões, não havendo nada que possamos fazer contra. Isso só a evolução intelectual humana será capaz de eliminar. Se eles não estão batendo ou incitando diretamente a violência contra os homossexuais, o que podemos fazer é somente contra-argumentar.

Esses pastores sempre estão na mídia. Programas de TV, jornais e internet sempre abrem espaço para eles. O motivo está jogado na nossa cara e não precisa pensar muito para entender. Pastores homofóbicos geram polêmica. Polêmicas geram audiência. Audiência gera capital.

A mídia os utiliza para gerar lucro e eles, por sua vez, aproveitam todo esse assédio para promover suas igrejas e candidaturas políticas.

Infelizmente esses homofóbicos não são os reais problemas para a comunidade gay, mas sim a própria mídia que se diz apoiar a causa GLBT, quando, na verdade, apoia somente os seus próprios interesses.



Parada Gay de SP - Luta pelos direitos ou um puteiro a céu aberto?

Sou homossexual e defensor da igualdade. SEMPRE! Mas fechar os olhos para atitudes equivocadas de alguns homossexuais seria hipocrisia pura. Qualquer um que tenha bom senso vai saber do que estou falando.

A Parada do Orgulho Gay da cidade de São Paulo é um dos melhores exemplos de militância incorreta. Ao invés de ser símbolo de luta dos direitos da comunidade GLBT, tal movimento passou a ser considerado, em certa parte corretamente, como um verdadeiro puteiro a céu aberto e uma total ridicularização de nosso meio.

Não me venham chamar de intelectual barato ou de politicamente correto. Basta não ser cego para se chocar com gays se pegando nas vias públicas, muitas vezes, com mais de dois na "brincadeira". E o "se pegando" e no sentido próprio da expressão.

Como iremos brigar por direitos numa passeata cercada de orgia e promiscuidade?

"Ahhh, mas no Carnaval e nas micaretas tem héteros que praticam promiscuidade!"

Odeio quem se defende de um erro através de outros erros. Além disso, quando um casal hétero faz sexo em via pública, os dois serão taxados de safados. Se acontece isso com gays, a comunidade inteira será generalizada com frases do tipo "tá vendo como eles são? E depois querem falar em direitos". Sim, isso é um problema mais da sociedade do que dos homossexuais, mas se sabemos que tais julgamentos irão acontecer, por qual motivo devemos praticar orgia em uma praça? Para alimentarmos ainda mais o preconceito que existe?

E indiferente disso, quem se valoriza e tem bom senso, não tem esse tipo de comportamento banal em público. Dois homens, mesmos sendo GAYS, possuem sede de sexo muito grande, como qualquer outro homem. A testosterona está presente em todos, independente da condição sexual. Porém/todavia/entretanto devemos saber ter discernimento do momento e local apropriados.

Claro, além da promiscuidade banal de alguns gays, a PARADA GAY vem sendo realizada cada vez menos no sentido político.
Triste ver um movimento tão fundamental sendo ofuscado por essa putaria toda...

12/05/2013

Pseudo-Cinéfilos ou Pseudo-Intelectuais?

Pelo pouco que estou podendo acompanhar em páginas sociais voltadas ao cinema ultimamente, observei uma onda de modinhas, sempre se utilizando da arrogância e prepotência para se acharem melhores que os outros.

"Eu gosto de Casablanca, Psicose e Cidadão Kane. O fulano gosta de Batman e Harry Potter. Logo eu sei mais de cinema do que ele."

Esse tipo de definição nos mostra muita coisa. O cara faz questão de esfregar na nossa cara que ele se julga um melhor Cinéfilo por gostar de filmes clássicos, aclamados pelo público ou desconhecidos da maioria (muitas vezes, obras independentes).

O que esses seres precisam colocar na cabeça que isso define apenas o gosto e não a paixão ou conhecimento sobre a sétima arte.

Toda essa autoafirmação desnecessária é fruto do pseudo-intelectualismo, da cultura de querer ser melhor em tudo, em querer uma posição de destaque, entre outros motivos que não preciso citar.

E esses pseudo-intelectuais do cinema podem ser denominados como pseudo-cinéfilos.

O que é um cinéfilo? Uma pessoa que é apaixonada por filmes, pela história do cinema, atores, etc. Porém, muitos consideram como cinéfilos somente aqueles que são "entendidos" sobre cinema, o que é pura bobagem.

Essas pessoas que se julgam melhor conhecedoras sobre filmes, na verdade, não são apaixonadas, mas sim, caçadoras de status . Entram numa discussão só para querer ser superior, humilhando e rebaixando as que tem um gosto ou visão diferentes sobre o assunto.

Isso mesmo! Essas pessoas são tão bitoladas nesse sentido, que falam que "Cidadão Kane" é o melhor filme do mundo, mesmo não achando de fato, só para querer levar esse status de intelectual.

O pior de tudo vem a seguir!

Como o povo adora criar um preconceito (sempre querendo impor suas verdades absolutas), os apreciadores de FILMES DUBLADOS estão levando uma série de chacotas desses mesmos pseudo-cinéfilos que se julgam melhores por gostarem de FILMES LEGENDADOS, pois é áudio original e blá, blá, blá.

PUTA QUE PARIU!

Mais uma vez eu digo: GOSTAR DE LEGENDADOS OU DUBLADOS remetem apenas aos gostos individuais, e não ao conhecimento sobre o cinema. EU NÃO AGUENTO MAIS ISSO!

Certa vez, quando eu disse que preferia dublados, um metidão a besta me disse que eu não era digno de assistir sequer um filme e muito menos mereceria a atenção das pessoas do fórum.

AGORA, FAÇO O MEU DESAFIO: me mostrem AONDE ESTÁ A RELAÇÃO entre gostar de filmes legendados/dublados com capacidade ou conhecimento para discutir sobre cinema?

ENTENDAM: o fato de VOCÊ preferir LEGENDADOS significa que você criou uma identidade, facilidade ou viu vantagens em relação aos DUBLADOS, e não que você seja melhor ou pior entendedor sobre FILMES.

E para finalizar:

CARALHO! ESTOU CAGANDO SE EU PAREÇO ENTENDER MAIS OU MENOS SOBRE CINEMA DO QUE AS OUTRAS PESSOAS. O QUE IMPORTA É QUE EU GOSTO DO CINEMA DO MEU JEITO, E TENHO ESSE DIREITO.

22/04/2013

Macho e fêmea?!

Primeiramente: se você se rebaixa humanamente, se limitando a denominar-se como macho ou fêmea, o problema é todo seu.

De fato, existe o gênero masculino e o feminino. Mas no quê isso se relaciona com a homossexualidade. Alguns cristãos fundamentalistas adoram afirmar que "Deus fez macho e fêmea" como se a homossexualidade fosse um terceiro sexo.

Definitivamente, não existe um terceiro sexo. Existem HOMENS que têm atração por HOMENS e MULHERES que têm atração por MULHERES.

Por baixo de todo esse discurso preconceituoso existem uma grande camada de ignorância.

E aonde que ser homossexual é um atentando contra a família?

Afinal, sou gay e tenho pai, mãe e irmãos. Amo todos. Pertenço a esta família.
Como que eu posso levar a sério alguém que tenha a reprodução como concepção de família? E os sentimentos, não existem? Meus quatro irmãos são héteros e têm filhos. Eu por ser gay sou uma ameaça à continuidade da espécie? Eu não poderia engravidar uma mulher ou fazer inseminação? Ser gay não é ser infértil.

E aquele casal acometido pela esterilidade? São amaldiçoados? Representa uma ameaça à raça humana?

Enfim, observando todo o discurso corriqueiros dos homofóbicos, vemos que o principal motivador do preconceito é a falta de conhecimento e bom senso.


04/04/2013

Homossexualismo ou Homossexualidade?



Primeiramente gostaria de declarar que estou pouco me lixando se as pessoas falam homossexualismo ou homossexualidade. Para alguns, o primeiro termo é ofensivo, pois o tal sufixo "-ismo" é empregado para designar patologia. Não me recordo o ano e estou com preguiça de procurar na internet, mas há muito tempo que a HOMOSSEXUALIDADE deixou de ser considerada doença pelo conselho de psicologia. E, de fato, muitos preconceituosos utilizam de maneira proposital a palavra HOMOSSEXUALISMO como tentativa de agredir verbalmente a comunidade GLBT.

Porém, há pessoas que usam essa derivação de maneira inocente, desconhecendo o seu real significado. Se a pessoa me respeita é o que me importa. Se ela fala "homossexualismo" por ignorância, não pode ser taxada de preconceituosa por isso. E não possui a força de outras palavras abomináveis como "viadinho", "bixona", "boiola", entre outros.

Enfim, o que importa é que HOMOSSEXUALISMO não existe e eu vou explicar o motivo.

Não tenho um amplo conhecimento em língua portuguesa. Só sei o básico. Básico que me permite uma boa comunicação com as pessoas ao meu redor. Porém, pelo pouco que conheço, posso afirmar:

O sufixo "ismo" não designa apenas patologia (botulismo, reumatismo, etc.), mas, como também, doutrinas e movimentos sociais de influência (cristianismo, espiritismo, catolicismo, ateísmo, fascismo, nazismo).

Nesse sentido, a homossexualidade não pode ser considerada nem uma e nem outra.

Então, Matheus, você está afirmando que a homossexualidade não é uma doutrina e nem um movimento de influência?

Afirmo. Sem sombras de dúvidas.

Doutrinas, como espiritismo, são seguidas por pessoas que criam identidade com essa ideologia e passam a segui-la. A mesma coisa acontece com os movimentos de influência: eles buscam pessoas com identidade aos seus ideais.
Ninguém cria identidade por ser homossexual, obviamente, por não se tratar nem de escolha e nem de influência. É uma condição das pessoas. Elas decidem assumir ou não essa condição.

O movimento GLBT é por luta aos direitos de respeito e igualdade social. Não queremos influenciar nada. Não queremos seguidores.
Queremos apoiadores. Pessoas que entendam a nossa situação.
Apenas isso.

Não queremos transformar filho de ninguém em gay. Até porque, não se vira gay. Ou é ou não é. 

Agora se seu filho for gay, pode ter certeza que lutaremos para que ele tenha uma vida digna, longe da hipocrisia e preconceito gerados pela total falta de conhecimento e informação de uma sociedade doente.

Sem mais. Um grande abraço a todos!


02/04/2013

Telemarketing terceirizado: um desrespeito em todos os sentidos

Telemarketing virou, há muito tempo por sinal, motivo de piada.

Empresas firmam o seu letal descompromisso para com seus clientes/consumidores para terceirizar o seu principal meio de relacionamento com os mesmos. Afinal, pagar à uma terceirizada o seu SAC, além de ser mais em conta, é mais cômodo para os próprios empresários. Uma preocupação a menos!

Isso em si não é lá algo condenável. Mas a maneira a qual é executada, é, e muito!

Primeiro pelo indigno salário pago aos atendentes, que, na maioria das vezes, não ganham mais do que 1 salário mínimo. 

"Ah, mas é um empreguinho fácil. Fica sentado, no ar condicionado e na frente do computador".

O velho papo de criticar algo que você não conhece. Quem trabalha ou já trabalhou de atendente sabe do que estou falando. É estresse com cliente insatisfeito, com pressão de supervisores, etc.

Não é a toa que muitos trabalhadores da área adoeçam, na maioria das vezes, por depressão.

É tudo feito da maneira mais errada possível. Desde a despreparada seleção que gera uma rotatividade imensa no setor, até a execução do trabalho, na maioria das vezes acobertada por um processo de treinamento deficiente, só para "inglês ver", muitas vezes rápido e insuficiente devido a urgência de novas peças de atendimento (voltando a dizer da rotatividade).

A empresa só pensa nos lucros.
A terceirizada só pensa em manter o contrato, empurrando a sujeira para debaixo do tapete.
O sindicato faz de conta que nada vê.
Os trabalhadores e os consumidores saem lesados e desamparados.

31/03/2013

Religião e Caráter

Antes de ter qualquer religião é preciso que pratiques o bem ao próximo. E praticar o bem é respeitar as dificuldades, diferenças e os defeitos das pessoas. Nada adianta pregar a palavra de um Deus e praticar o julgamento, a intolerância e a segregação.
Afinal, não são as crenças que definem o caráter de ninguém, mas sim, as atitudes, o fazer o bem, o respeito...
Quando o amor sair da teoria e ser praticado por todos, o mundo será livre de guerras, de violência e de preconceitos. Impossível? Talvez, mas acreditar e ter esperanças é que nos mantém vivos.

Deus fez Adão e Eva e não Adão e Ivo!?????

Para reflexão...


Reflexão: Julgamento superficial


Julgar pelas aparências é uma covardia de tamanho sem igual. Você ignora os sentimentos, as dificuldades e as fraquezas do próximo para piorar ainda mais o seu estado de espírito. O maior problema do ser humano é se afundar numa sociedade dissecada pelo preconceito e ignorância, julgando como verdades plenas aquilo convém apenas ao seu próprio ego.
O amor e o respeito devem vir antes de qualquer religião ou dogma.
Aquilo que causa alienação, segregação e prega intolerância é o fanatismo e não a religião.
Matheus Celso Duarte

O PT não representa o movimento GLBT!


O Partido dos Trabalhadores sempre teve o "orgulho" de levantar a bandeira gay. E, de fato, temos a Marta Suplicy, que é símbolo da luta pelos direitos igualitários dos homossexuais.
Mas será que o partido, no geral, realmente é a favor da "causa" gay?
A presidente Dilma, em sua campanha eleitoral, disse que lutaria pelos nossos direitos. Ao assumir, causou uma grande decepção para nós: o argumento do verto ao kit anti-homofobia. E antes que falem asneiras, leiam bem. É o argumento e não o veto em si.
A mesma declarou que "não podemos fazer propaganda de opções sexuais". Com esse argumento PRECONCEITUOSO ela cedeu às pressões da bancada conservadora e fundamentalista do congresso, causando grande retrocesso em nosso movimento. Quando digo preconceituosa, digo tendo a certeza do significado da palavra. Pré-Conceito, ou seja um conceito falado sem consciência plena do que se está falando. E por qual motivo ela foi preconceituosa? A homossexualidade não é uma escolha para ser taxada como "opção" sexual. E isso anula a palavra "propaganda", pois se não é uma escolha, não existe influência. Isso sem falar que ela nem deve ter visto o material antes de vetar.

Agora, mais recentemente, vemos uma piada acometendo o Congresso, com o fundamentalista Marco Feliciano assumindo a Comissão de Direitos Humanos (????) e nem nossa querida presidente e nem o seu partido não toma nenhum providência, fazendo vista grossa ao absurdo por temer perder o apoio dos evangélicos. Temos apenas uma luta isolada, que é a do Domingos Dutra, que parece ser o único membro do PT a querer brigar contra toda essa irresponsabilidade.

Mediante a todos os fatos, o que posso concluir é que o PT, de maneira nenhuma, pode ser considerado um partido apoiador das minorias. Há muito tempo, tal partido perdeu a essência socialista e comunista, se entregando à política padronizada de enganações, corrupção e alienação.

O PT é um partido OPORTUNISTA, que usa quem e o que lhe convém, querendo fazer média com todo mundo, apenas para ter o apoio político necessário para sustentar o poder.

E não podemos negar que é culpa da própria cúpula petista o fato de um fundamentalista que não quer ver dois homens se beijando em público, que prega que os africanos são amaldiçoados e por isso merecem viver a pobreza que vivem e que as mulheres devem ser submissas ao homem, ser representante DOS DIREITOS HUMANOS.

Tão vergonhoso quanto essas vistas grossas, é também dar novamente o poder à pessoas não-íntegras como Genoíno e José Dirceu. E deve ser com esse objetivo de acobertar fatos ainda mais podres, que o PT está fazendo gozo de toda a polêmica da Comissão dos Direitos Humanos.

E quem viver os próximos anos saberá e sentirá os danos, praticamente irreversíveis, causados pelo Partidos dos Trabalhadores.

24/03/2013

O outro lado da moeda

Cristãos falando que ser gay é abominável e desprezível é liberdade de expressão.

Agora, se alguém falar de pastor, padre ou o caralho a quatro, já é perseguição e opressão religiosa.

O mais engraçado é que depois dizem que é o movimento GLBT é que sofre do "Coitadismo".

Sem generalizações.

Quando a internet vira um instrumento perigoso.

Muitos adoram falar de alienação.

Aliás, tudo que é pseudo está na moda hoje em dia.

Pseudo-moralismo, pseudo-intelectualismo, pseudo-crítico, etc.

O engraçado é que os mesmos que falam em alienação da televisão, podem ser os mesmos que acreditam em tudo que é divulgado na internet.

O nível de ignorância é tão grande que muitos acreditam em tudo que é jogado na tela do computador através da rede mundial, sendo que ela, também, oferece meios de pesquisa para comprovar a veracidade daquilo que é dito, ou sem fontes ou com fontes falsas.

Para piorar ainda mais o grau de desinteligência da nossa sociedade, ficou fácil inventar frases a atribuí-las de maneira caluniosas às pessoas importantes. Basta colocar a foto de uma celebridade ou político, com uma frase entre aspas, conotando que essa pessoa disse isso, que todos acreditam e compartilham tal imagem.

Quando essas coisas acontecem é sinal que a Internet pode sim ser um instrumento perigoso e de manipulação. Mais do que a própria televisão.


17/03/2013

Hipocrisia disfarçada de moralismo



É sempre uma árdua tarefa discutir com ignorantes.
Eles confiam imensamente nessa ignorância que nutrem e sempre estão fechados para outros pontos de vista. Sempre batendo nas mesmas teclas e usando os mesmos argumentos, quer dizer, falácias, contribuem para o processo retrógrado evolutivo da humanidade.

Um assunto que sempre causa uma onda de protestos e declarações com nível de ignorância extrema é quando se trata da homossexualidade. Para muitos, os "ativistas gays" vão contra as leis naturais divinas e querem impor suas sexualidades para o mundo. Dizem, também, que esses ativistas não aceitam opiniões contrárias sobre seus "comportamentos" e que estão querendo implantar uma Ditadura Gay e desencadear uma guerra santa contra o cristianismo.

Não é preciso ter muita inteligência para perceber o tamanho do absurdo embutido em declarações deste nível. Ora, sabemos que a homossexualidade não é uma questão de escolha e sim uma condição, por qual motivo iríamos impor nossa sexualidade à alguém? Ninguém vira gay.

E leis naturais? Uma vez que nascemos assim, somos naturais. Se o ser humano fosse concebido apenas para a prática reprodutiva, um casal infértil seria contra as leis divinas também? E o que impede um homossexual de ter filhos? Absolutamente nada.

Não queremos ditadura gay e muito menos oprimir quaisquer grupos de pessoas. Nossa luta é por direitos iguais e não por privilégios. Não temos a mesma liberdade, ou melhor, segurança, para demonstrar nosso afeto em público, por mais que tenhamos esse direito, pois sempre há pessoas frustradas que podem nos ferir com palavras ou fisicamente. E outra, um homossexual andando na rua tem mais ou menos chance de ser agredido quanto a um heterossexual?

Outros defendem que conter a homossexualidade é uma luta a favor aos valores morais da sociedade. Além de medieval, esse pensamento é o mais ignorante de todos. Em que parte a sexualidade interfere na moralidade de alguém? Gays são pessoas normais e como qualquer outro ser humano, podem haver os bons e maus elementos. Existem gays que são pessoas podres? Existem, assim como há muitos héteros assim. Trabalhamos, amamos nossa família, respeitamos ao próximo, pagamos nossas contas... E ninguém é exemplo de moralidade para querer julgar outra pessoa. Falta para muitos olharem para si mesmos antes de sair metendo o bedelho em vidas alheias.

É muito cômodo para um heterossexual vomitar palavras de intolerância contra homossexuais, sempre apoiando sua pobreza intelectual em interpretações bíblicas. Difícil é se colocar no lugar de outra pessoa, sentir o que ela sente na pele.

Se cada um se limitasse a cuidar de sua própria vida e respeitasse ao próximo, nosso mundo seria um lugar bem melhor de se viver.


22/02/2013

A tal da Ditadura Gay

Os homossexuais querem privilégios e que todos virem gays.
Se um gay é agredido, é homofobia. Se um hétero é agredido, é o quê?
Querem acabar, também, com a liberdade de expressão. Querem oprimir nossas opiniões a cerca do homossexualismo. Tenho medo, pois estamos presenciando o surgimento da Ditadura Gay.

Bom, o texto acima poderia ser escrito por qualquer ignorante, alienado ou modinha. É o que mais tenho lido em notícias e postagens envolvendo a comunidade LGBT. Os heterossexuais conservadores tentam vender mentiras, se utilizando sempre dos mesmo "argumentos" para sustentar balelas que são profundamente absurdas para quem gosta de fazer o bom uso da racionalidade, que é o dom de todo ser humano. O mais assustador é que o número de pessoas que saibam utilizar tal dom é bem menor do que imaginamos. Abaixo colocarei meus fatos, que desmitificam o "Ditadura gay", tão adorado pela massa ignorante.

- Não queremos privilégios. Pelo contrário, queremos leis que garantam nossa igualdade e liberdade. Que privilégios os gays possuem? Nenhum. Pelo contrário. Ter um relacionamento no meio gls é bem mais complicado, só para citar um exemplo. Quer mais? Quem tem maiores chances de ser agredido na rua: um gay ou um hétero? Casais héteros podem se beijar tranquilamente em público, e os casais gays?;

- Liberdade de expressão. Muitos adoram falar dela, porém, poucos possuem capacidade de extrair o seu sentido real. Afinal, todos querem ter o direito de falar do próximo, mas são bem poucos que querem e aceitam ouvir a opinião do próximo a cerca de si. Ah, e pensam que bradar: "Vira homem", "Sua bichona", "Seu viado nojento" é liberdade de expressão também. Nesse sentido, ser racista também seria liberdade de expressão? (Só para se ter noção do cúmulo do raciocínio, ou falta dele).

A homossexualidade nunca foi, não é e nem será modismo. Por mais que alguns não acreditem, a única escolha que um gay possui é de se assumir ou não. Entretanto, certas falácias como "Ditadura Gay" e "Liberdade de expressão", ah... essas sim são modismos (e dos piores, pois vêm com uma profunda falta de conhecimento de brinde).



14/01/2013

Crítica: Uma Família em Apuros (2012)


Parental Guidance, 2012 - Direção: Andy Fickman. Com Billy Crystal e Bette Midler.




Avaliação: 

Como o próprio título no Brasil sugere, "Uma Família em Apuros" é apenas mais uma comédia clichê hollywoodiana (isso já virou até pleonasmo). Lançado nas férias com a intenção de atrair famílias às salas, o filme é recheado de piadas velhas e sem graças e a história é totalmente previsível. Talvez funcione só com as crianças, e olhe lá. São 104 minutos de agonia (várias pessoas não aguentaram e deixaram a sessão antes do fim) e irritação, pois não dá para acreditar que ainda existam cineastas que continuam apelando sempre à mesma fórmula. O mais triste é que Hollywood deixa transparecer que é essa mesma a sua intenção, principalmente por escalar o novato diretor Andy Fickman, envolvido anteriormente em quatro fracas produções, sendo "Ela é o Cara" a mais "famosa" delas.

O único ponto interessante no longa é a volta de atores que foram consagrados no fim da década de 1980 e início da de 1990, Billy Crystal e Bette Midler, ambos deixados na geladeira desde então. Porém, seus personagens foram escritos de maneira muito superficial, o que acabou não aproveitando todo o talento dos atores. Crystal e Midler interpretam os avós de três netos mimados, que quando os seus pais viajam, os dois são chamados para cuidar dos pestinhas causando o batido choque entre o estilo clássico e moderno de educação. Infelizmente, até o elenco mirim decepciona em suas atuações, sendo irritantes (no mau sentido) a maioria do tempo.

Ao fim de sessão, me bateu uma saudade de comédias infantis do porte dos dois primeiros "Esqueceram de Mim", onde os risos eram bem mais intensos, as situações mais criativas e roteiro mais despretensioso.


Em síntese, o filme foi feito para ser "apreciado" em família e pode até agradar aos menos exigentes, mas como cinema, deixa muito a desejar. Ah... Hollywood e seus cacoetes...

03/01/2013

[CINEMA] Crítica: Possessão (2012)

Avaliação: 
The Possession (2012) de Ole Bornedal.


O amadorismo do inexpressivo diretor dinamarquês Ole Bornedal chega a ser risível. Uma grande aula de como não se fazer um filme de suspense e terror.


Desde o grandioso sucesso de "O Exorcismo", de 1973, muitos cineastas vêm bebendo na fonte das possessões demoníacas para conquistar, ou pelo menos tentar, o sucesso nas telonas, não obtendo êxito na maioria das vezes. E o que temos aqui em "Possessão" é apenas mais uma fracassada obra do gênero.


O filme não assusta e nem, ao menos, causa suspense na platéia. Algumas cenas são tão enfadonhas que despertaram até gargalhadas na sala. Além de contar com um roteiro recheado de clichês baratos, tecnicamente o longa também contém diversas falhas. As tomadas de câmera aéreas são desnecessárias e inexplicáveis, a maquiagem é demasiadamente péssima e as atuações beiram a canastrisse de filme B. Por falar em atuações, a única que se salva é a de Jeffrey Dean Morgan (de 'Watchmen - O Filme').

O primeiro ato chega a ter uma narrativa bem interessante, ainda que contenha diversos detalhes bobos. Por mais que na abertura diga que a história é baseada em fatos reais, o decorrer da fita demonstra que essa hipótese é pouco provável. O pai passa de carro com suas duas filhas em frente a uma casa que está vendendo utensílios caseiros, devido a um "incidente" por qual a proprietária passou. A pedido de uma das filhas, o pai estaciona e vai observar os utensílios a venda. A filha mais nova se interessa justamente por uma caixinha de madeira feia, mal sabendo que tal objeto carrega um demônio. E a partir daí, qualquer leigo sabe o que vai acontecer. Até o drama familiar abordado soa como repetitivo, sem profundidade e pouco acrescenta na trama.


O que mais irrita não é nem o fato da história ser batida e previsível, mas sim por conter momentos ingênuos e patéticos. Só para citar um exemplo, quando percebem que existe algo muito estranho com a menina, a mãe a leva para um hospital, onde a mesma passa por uma ressonância magnética. E através deste procedimento é "possível" visualizar o demônio no estômago da menina... E ele ainda faz um charme, abrindo a boca nas imagens de Raio-X fazendo alusão a um grito. A pergunta fica: como um diretor acha que uma patacoada dessa irá causar espanto em quem está assistindo?

Para quem acha que nada pode piorar, é só esperar o último ato. Além de deixar inúmeras interrogações, não oferece sequer um pinguinho de originalidade.

Resumindo, "Possessão" causa mais risos do que medo e serve como mais uma prova que esse gênero do cinema está totalmente saturado, sofrendo pela falta de criatividade ou acomodação dos produtores. Descartável em todos os sentidos.

02/01/2013

Motivos pelos quais deixei de ir em BALADAS GLS

Antes de mais nada, estarei falando sobre boates GLS. Nunca fui em uma hétero.



Vejo que muitos gays batem cartão em boates. E são muitos mesmo. E existem os graus:

- Mensaleira: a gay que ganha pouco e vai à balada uma vez por mês;
- Fervida: economiza horrores, dá até o edy para conseguir um VIP ou vive sugando o sangue dazamigas. Assim, está na boatchy todo sábado;
- Maníaca: Vai quinta, sexta, sábado e domingo ferver, cada dia com um grupinho diferente. Essa gay trabalha para sustentar seu vício. Janta bolacha maizena com margarina e pede cartão de crédito do papi para comprar roupas em lojas despojadas, mas não antes de caçar algo interessante numa C&A ou Renner.

De onde vem essa necessidade de viver mais em boate do que na própria casa, eu não sei. Pode ser por status ou apenas para suprir algum tipo de carência. Sei lá.

Teve a época que estava no grau fervida, porém era por questões depressivas. Me sentia isolado, sozinho e angustiado em casa. Ainda mais quando estava solteiro. E aí, qual era a opção? Bater ponto todo sábado.

Porém meu jeito sempre foi observador. Ao invés de ferver, sempre fiquei reparando nas pessoas ao redor e seus comportamentos. Fui processando as ideias e decidi que balada eu só voltarei a ir em caso de extrema necessidade e, de preferência, com o namorado do lado. Há um ano atrás eu definiria balada como algo extrovertido e de curtição, mas hoje defino como um lugar nojento. Segue a enumeração dos motivos abaixo:

1. Na fila de entrada, podemos observar o perfil da maioria: sem personalidade alguma, muitas bixas se parecem muito umas com as outras. Fazem questão de exibir suas roupas "babado" compradas nessas lojas "top gls" (só não exibem o parcelamento em 12x sem juros). De narizes empinados, dá para perceber que estão só reparando e julgando quem é passiva, quem quer "atender" naquela noite ou diluindo amores por suas divas pop;

2. Os seguranças são grotescos e te olham com ódio. Está certo que esses profissionais precisam mostrar postura mais firme, mas esses exageram. Muitas vezes te dirigem a palavra como se você fosse um lixo;

3. Seja controlado. 5 drink's podem fazer sua comanda ultrapassar R$100,00 devido os preços abusivos destes locais. Se uma bosta de uma água chega a custar R$5,00 imagine o resto das bebidas;

4. Na pista de dança, você se sente num açougue. Ao invés de dançarem, muitas ficam de butuca para ver qual será a próxima vítima. A intenção de putaria fica evidente. Umas viadas vêm e passam a mão no seu passarinho ou no seu edy. Tem biscates que atacam, inclusive, quem está acompanhado. Além de serem impertinentes, demonstram total falta de respeito aos demais, evidenciando o egocentrismo de cada uma. Sem falar naquelas retardadas que ficam disputando cazamigas quem vai "catar" mais. Argh!;

5. Diversas boates ainda possuem o famoso "Dark Room". Ficando perto desses locais, dá para perceber o grande fluxo de gays que entram para fazer sexo com qualquer um. Mais do que banalização, demonstra a auto-desvalorização que a maioria dos gays cultuam. Aqui em Campinas, eu estava sentado numa mureta da área de fumantes e presenciei a cena de uma gay fazendo sexo oral na outra em pleno jardinzinho que tem no local;

6. Você não se sente seguro em beijar ninguém. Afinal, aonde será que aquela boca sedutora estava antes de querer beijar a sua?

7. Se você deseja encontrar o amor da sua vida nesses locais, tenho uma péssima notícia: 95% dos frequentadores não estão nem aí para relacionamento, mas sim, só querem saber de putaria;

8. Algumas gays passam da conta na bebida e ficam querendo gongar outras, o que geralmente ocasiona confusão das bravas.

Resumindo: Ir para baladas faz a gente enxergar o mundo podre GLS em mais evidência. Por isso, ando evitando-as ao extremo.