02/01/2013

Motivos pelos quais deixei de ir em BALADAS GLS

Antes de mais nada, estarei falando sobre boates GLS. Nunca fui em uma hétero.



Vejo que muitos gays batem cartão em boates. E são muitos mesmo. E existem os graus:

- Mensaleira: a gay que ganha pouco e vai à balada uma vez por mês;
- Fervida: economiza horrores, dá até o edy para conseguir um VIP ou vive sugando o sangue dazamigas. Assim, está na boatchy todo sábado;
- Maníaca: Vai quinta, sexta, sábado e domingo ferver, cada dia com um grupinho diferente. Essa gay trabalha para sustentar seu vício. Janta bolacha maizena com margarina e pede cartão de crédito do papi para comprar roupas em lojas despojadas, mas não antes de caçar algo interessante numa C&A ou Renner.

De onde vem essa necessidade de viver mais em boate do que na própria casa, eu não sei. Pode ser por status ou apenas para suprir algum tipo de carência. Sei lá.

Teve a época que estava no grau fervida, porém era por questões depressivas. Me sentia isolado, sozinho e angustiado em casa. Ainda mais quando estava solteiro. E aí, qual era a opção? Bater ponto todo sábado.

Porém meu jeito sempre foi observador. Ao invés de ferver, sempre fiquei reparando nas pessoas ao redor e seus comportamentos. Fui processando as ideias e decidi que balada eu só voltarei a ir em caso de extrema necessidade e, de preferência, com o namorado do lado. Há um ano atrás eu definiria balada como algo extrovertido e de curtição, mas hoje defino como um lugar nojento. Segue a enumeração dos motivos abaixo:

1. Na fila de entrada, podemos observar o perfil da maioria: sem personalidade alguma, muitas bixas se parecem muito umas com as outras. Fazem questão de exibir suas roupas "babado" compradas nessas lojas "top gls" (só não exibem o parcelamento em 12x sem juros). De narizes empinados, dá para perceber que estão só reparando e julgando quem é passiva, quem quer "atender" naquela noite ou diluindo amores por suas divas pop;

2. Os seguranças são grotescos e te olham com ódio. Está certo que esses profissionais precisam mostrar postura mais firme, mas esses exageram. Muitas vezes te dirigem a palavra como se você fosse um lixo;

3. Seja controlado. 5 drink's podem fazer sua comanda ultrapassar R$100,00 devido os preços abusivos destes locais. Se uma bosta de uma água chega a custar R$5,00 imagine o resto das bebidas;

4. Na pista de dança, você se sente num açougue. Ao invés de dançarem, muitas ficam de butuca para ver qual será a próxima vítima. A intenção de putaria fica evidente. Umas viadas vêm e passam a mão no seu passarinho ou no seu edy. Tem biscates que atacam, inclusive, quem está acompanhado. Além de serem impertinentes, demonstram total falta de respeito aos demais, evidenciando o egocentrismo de cada uma. Sem falar naquelas retardadas que ficam disputando cazamigas quem vai "catar" mais. Argh!;

5. Diversas boates ainda possuem o famoso "Dark Room". Ficando perto desses locais, dá para perceber o grande fluxo de gays que entram para fazer sexo com qualquer um. Mais do que banalização, demonstra a auto-desvalorização que a maioria dos gays cultuam. Aqui em Campinas, eu estava sentado numa mureta da área de fumantes e presenciei a cena de uma gay fazendo sexo oral na outra em pleno jardinzinho que tem no local;

6. Você não se sente seguro em beijar ninguém. Afinal, aonde será que aquela boca sedutora estava antes de querer beijar a sua?

7. Se você deseja encontrar o amor da sua vida nesses locais, tenho uma péssima notícia: 95% dos frequentadores não estão nem aí para relacionamento, mas sim, só querem saber de putaria;

8. Algumas gays passam da conta na bebida e ficam querendo gongar outras, o que geralmente ocasiona confusão das bravas.

Resumindo: Ir para baladas faz a gente enxergar o mundo podre GLS em mais evidência. Por isso, ando evitando-as ao extremo.


3 comentários:

  1. concordei com todos seus pontos, todavia, eu curto muuuito ir em balada GLS

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  2. resumindo: "cada um sabe a dor e a delicia de ser o que é."

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  3. concordo com você em todos os aspéctos, faz alguns anos que não ponho meus pés em nenhuma balada aqui em brasília. confesso que parei definitivamente de frequentar por não haver mais baladas com dark room na minha cidade. independente de usar o dark, eu me sentia psicológicamente confortável em saber que em caso de uma necessidade ou tesão repentino tinha um lugar para me satisfazer. não esqueço da época que tinha a blue space aqui em brasília e nos meses que antecederam o fechamento da casa até segurança e brigadistas entravam no escurinho para finalizar a noite. saudades dessa época. atualmente só vou em baladas com darkroom em são paulo.

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