22/03/2014

Profissionalismo

Em qualquer empresa em que trabalhemos, os chefes sempre dirão que precisamos, acima de tudo, sermos profissionais. Mas afinal, o que é ser profissional? Seria aquele funcionário que não falta, não chega atrasado, possui ética no ambiente de trabalho, que toma cuidado no relacionamento com os demais colegas, que vise sempre as boas aparências e funcionamento da empresa?

Segundo o dicionário Aulete seria basicamente isso.

"1. Bras. Ação, procedimento, qualidade ou característica do bom profissional, daquele que é competente, capaz, proficiente, responsável, sério, pontual, ético etc. em sua profissão"
Quem imagina que esse post seja para defender essa bandeira das empresas está, de certa forma, enganado. Não vou aqui escrever regras ou dar dicas para sermos bons profissionais. Acredito que quase todos saibam como se deve comportar e trabalhar numa empresa. Essa minha postagem será para vermos o outro lado da situação: de como uma empresa pode se aproveitar desse termo (o do título) para exigir absurdos de seus funcionários.

Primeiramente, gostaria de dizer que sou totalmente contra as empresas que só visam o lucro. Uma firma moderna, além de querer ganhar dinheiro tem a inteligência de entender que precisa colocar o bem estar de seus empregados em primeiro lugar. Essa equação é totalmente lógica: funcionário estressado não tem um bom desempenho, o que causa ineficiência em sua produção. Apelar pela rotatividade de funcionários deixará a empresa com mais saldos negativos do que positivos. Portanto, é importante que o funcionário seja sempre ouvido, tratado como ser humano e corrigido de maneira amigável e discreta quando cometer alguma falha em sua função. Não adianta querer dar sermão em um funcionário específico na frente de vários outros funcionários. Ou simplesmente não dar ouvidos quando algum empregado fizer alguma reivindicação. A hierarquia, utilizada em seu pleno significado, leva às empresas às ruínas. O superior tem de ter em mente que ele não "é" mais do que seus subalternos e que sua função é fiscalizar, orientar e ser amigo de todos.

Em empresas maiores, com vários setores, é um imprescindível que todos hajam em colaboração mútua. Muitas vezes diferentes setores acabam por criar rixas e competições não saudáveis entre eles. Além de causar estresse desnecessário entre os empregados envolvidos, essas brigas podem levar a caminhos cada vez mais arriscados. Então cabe aos funcionário evitar esse tipo de rivalidade e aos chefes controlarem a situação.

Outro ponto que vale destacar é quando uma empresa cobra de mais seus empregados e é fechada para críticas, sugestões e questionamentos dos mesmos. O desgaste também é inevitável quando os trabalhadores sentem que são apenas "peões" e ferramentas de lucro para seus chefes.

O mais grave dos erros é quando chefe fala: Não está satisfeito, pede as contas!
Além dessa fala ser um assédio moral, com causa ganha pro funcionário em caso de processo trabalhista, isso inferioriza não só o profissional, mas sua própria figura humana. É como se falasse: você ganha pouco, mas depende desse salário para comer! Então pare de reclamar e vá produzir!

Mas, Matheus, o que você quis dizer com tudo isso? O que isso tem em relação a "profissionalismo"?
Bom, é bem simples.

A moral da história é: As empresas estão corretas em exigir profissionalismo de seus funcionários, porém até as mesmas precisam ser profissionais. Inteligência empresarial é fundamental para o sucesso de uma firma.

O que eu faço se eu estiver estressado no meu emprego?

Primeiro veja se o responsável por esse estresse não seja você mesmo. Caso negativo, tenha sempre em mente que sua saúde é mais importante do qualquer dinheiro. Se a empresa pouco se importa com seu bem estar e possui as características que citei no texto, caia fora. Não fique pensando que será difícil achar outro emprego. Confie em si próprio. Acredite que achará uma empresa melhor. Afinal, concordo plenamente com a frase: precisamos viver para trabalhar e não trabalhar para viver.

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