09/01/2015

Jonas Donizette - O prefeito piada (PARTE 1: O TRANSPORTE PIADA)



Desde a campanha eleitoral de 2012 eu via nos olhos de Jonas Donizette (PSB) toda a sua incompetência. Infelizmente, os campineiros deixaram se levar pelo rosto bondoso do radialista e agora todos nós estamos, literalmente, pagando um alto preço. O que se dizer de um prefeito que a melhor bem-feitoria até o momento foi a instalação de lixeiras por toda a área central e redondezas? Mas enfim...

De resto, a cidade continua do mesmo jeito de sempre, abandonada e a mercê dos grandes barões dos transportes e empreiteiras - uma cópia carbono da gestão estadual de Geraldo Alckmin. Nem vou entrar no mérito da prefeitura campineira ser fã dos famosos cargos comissionados, mas sim falar dos problemas mais evidentes que sofremos com a gestão de Jonas.

Em 2013, a tarifa do transporte público campineiro fora reajustado de R$ 3,00 para R$ 3,30. Logo após a manifestações nacionais do Movimento Passe Livre, Jonas decidiu voltar o preço para R$ 3,00. Tal medida deixava bem claro que era um mero cala-boca até o movimento esfriar, o que de fato ocorreu graças ao terrorismo policial e midiático. Não deu outra: a tarifa voltou para R$ 3,30 em julho de 2014. E não ficou só nisso: semanas depois, a prefeitura anunciara uma "revolução" no sistema de transporte público campineiro. O cargo de cobrador foi extinguido (para justificar corte de custos e evitar que o valor da passagem aumentasse ainda mais) e para "ajudar" essa medida, o proibição do pagamento da passagem em dinheiro também foi implementada - entre aspas. Essa "proibição" do pagamento em dinheiro também fora justificada para inibir assaltos aos ônibus - o que é uma piada de mal gosto, pois a grande parcela da população já pagava a passagem pelo cartão de Bilhete Único e os ladrões sempre visaram os bens dos passageiros, ou seja, a proteção só e feita às empresas. A resolução para acabar com esse pagamento em dinheiro dentro dos coletivos consegue ser ainda mais grotesca: os passageiros fazem o Bilhete Único ou compram cartões avulsos, sem direito a integração, em pontos de venda específicos na cidade e pagam R$ 2,00 além do valor da passagem por esse cartão, o que faz muitos pagarem nada menos do que R$ 5,30 pelo valor da passagem. Esse valor excedente é ressarcido também nesses pontos específicos, posteriormente a entrega do cartão pelo passageiros. Para completar esse circo de horrores, foi decretado que até a população "se adaptar" a essa nova realidade, que esses cartões podem ser adquiridos com qualquer motorista, em qualquer linha. Esse procedimento tinha uma data limite: 30 de Novembro de 2014, mas continua ocorrendo até hoje.

E como nada é tão ruim que não possa piorar, foi anunciada essa semana UM NOVO AUMENTO da tarifa, 5 meses após o reajuste anterior, agora para R$ 3,50.

Sim, olhem para o cenário atual: Cortaram o cargo de cobrador, mas agora os motoristas continuam recebendo um valor - só que agora maior - das passagens, o que sobrecarrega a função e o valor da passagem continua aumentando, o que transformar todo esse ESQUEMA  citado em uma piada, de muito mau gosto por sinal. Se isso não é chamar o povo de otário, não sei mais o que é. Os empresários responsáveis pelo transporte em nossa cidade estão com o burro na sombra agora. Quem se ferra somos nós, dependentes de um transporte caro e de má qualidade.

Obs.: Muitas pessoas acabam pagando os R$ 2,00 a mais devido ao "cartão", mas por falta de tempo, acabam não indo pedir a restituição do valor. Isso acontece, principalmente, com quem não mora por aqui.

O transporte público campineiro pede por clemência.


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