16/12/2012

[CINEMA] Crítica: X-Men - O Filme

Avaliação: ✪✪✪✪
X-Men, 2000. Diretor: Bryan Singer. Roteiro: Bryan Singer, Tom DeSanto e David Hayter.
Elenco: Hugh Jackman, Halle Berry, Famke Janssen e os ótimos Patrick Stewart e Ian McKelle









"Não é perfeito, mais ainda assim é uma das mais felizes adaptações do quadrinho para as telonas."

O, ainda então, jovem produtor e diretor Bryan Singer teve essa desafiante tarefa de fazer mais uma HQ ganhar as telas de cinema, o que não é nada fácil, hora visto alguns desastres que estamos acostumados (O Demolidor, Hulk, Batman & Robin, Mulher Gato, entre outros).

Singer tinha um currículo pequeno, mas nem por isso subestimável. Uma de suas poucas obras foi o elogiado e premiado "Os Suspeitos", de 1995, totalmente diferente do gênero do qual assumia em "X-Men: O Filme". Apesar de tudo isso, o diretor entregou um trabalho muito bom, conseguindo um grande lucro nas bilheterias e dando a oportunidade dos heróis se tornarem umas das mais rentáveis franquias atuais na sétima arte.

Outro fato que se destaca na obra é o maravilhoso elenco: Hugh Jackman, Halle Berry, Famke Janssen e os ótimos Patrick Stewart e Ian McKellen. Cada ator se encaixa tão bem com seus respectivos personagens que parecem terem sido escolhidos a dedo pelos produtores. Os efeitos especiais também são de deixar o queixo de qualquer um caído. E os grandes responsáveis pelo sucesso do filme são exatamente o carisma dos personagens e a excelente direção de arte.

Quanto ao roteiro, esse é o ponto menos plausível. Apesar de mostrar uma interessante metáfora quanto a luta pela aceitação dos mutantes por parte dos seres humanos "normais", a história demora muito para "pegar no tranco" e, para piorar, o primeiro ato acaba sendo muito forçado. O argumento para que todos os mutantes se encontrassem e se unissem não colou. O início mostra Magneto quando ainda era criança, mas não explora o passado dos demais personagens, o que faz a cena ser totalmente desnecessária. Outro detalhe é: pela rebeldia habitual que conhecemos do personagem Wolverine, o mesmo aceitou fácil demais a integração com o grupo dos mutantes "do bem".

Mas ignorado esses detalhes, podemos apreciar um filme visualmente impecável, eletrizante, divertido e que ainda faz pensar: os mutantes podem representar quais grupos de nossa real sociedade? O quanto ser diferente representa para as pessoas?

Nota: 8,0/10,0

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